A Vitória da Diversidade: o primeiro desembargador autista do Brasil inspira esperança e inclusão

Alexandre Morais da Rosa, desembargador autista em Santa Catarina

Alexandre Morais da Rosa, desembargador autista em Santa Catarina

Um marco histórico para a representatividade e a justiça inclusiva

Em novembro de 2025, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) celebrou uma conquista histórica para o Brasil: o juiz Alexandre Morais da Rosa, diagnosticado com autismo, foi promovido a desembargador — tornando-se oficialmente o primeiro magistrado autista do país
Esse momento simboliza muito mais do que uma nomeação: representa visibilidade, representatividade e o poder transformador da inclusão para pessoas neurodivergentes no Judiciário brasileiro.

Autismo e competência: desafiando preconceitos

O próprio Alexandre recebeu o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) já adulto. Segundo relatos, a adoção de um cordão de identificação — com girassóis de um lado e peças de quebra-cabeça do outro, símbolos associados à causa — se tornou também um gesto de afirmação e visibilidade. 
Mesmo com o diagnóstico tardio, ele continuou sua trajetória de excelência: doutor em Direito, professor universitário na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), autor de dezenas de obras jurídicas e referência nacional em processo penal.
Sua promoção revela com clareza que neurodiversidade não diminui competência — ao contrário: pode potencializar diferentes perspectivas, sensibilidades e compromissos com a justiça e a dignidade humana.

Inclusão no Judiciário: um passo decisivo para mudanças estruturais

A ascensão de Alexandre ao cargo de desembargador oferece simbolismo e força prática para debates urgentes sobre inclusão, acessibilidade e representatividade no Poder Judiciário. Sua trajetória mostra que promover a diversidade não é concessão — é reconhecer talentos que há muito existem, mas estão invisibilizados.

Com ele, pessoas autistas em todo o país têm agora uma referência concreta de que é possível ocupar posições de destaque com excelência profissional e autenticidade. Isso pode abrir portas e inspirar transformações — não apenas para a classe jurídica, mas para o sistema como um todo: tribunais, instituições públicas, educação, cultura e sociedade civil.

Esperança e inspiração para toda a sociedade

A história de Alexandre traz uma mensagem poderosa de esperança: a diferença pode ser uma força, não um obstáculo. Ele nos lembra que inclusão não é uma ação pontual, mas um compromisso permanente de reconhecimento e valorização da diversidade humana.

Para aqueles que vivem com TEA — ou para familiares, amigos e profissionais — ver um desembargador autista sendo reconhecido e celebrado por sua competência é um forte símbolo de que sonhos e capacidades não são limitados por um diagnóstico.

Que essa nomeação inspire novas iniciativas de inclusão, mais visibilidade à comunidade neurodivergente e um olhar mais humano e plural nas instituições.

Fontes: G1 — Juiz com diagnóstico de autismo desembargador em Santa Catarina

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